The Feyers: lo-fi, homestudio e DIY em essência
The Feyers
The Feyers é algo de difícil definição, pois além de um projeto musical, é um exemplo que caracteriza um movimento crescente da música autoral e independente da cena underground brasileira: Do It Yourself.
Explica-se.
A começar, a The Feyers é um projeto solo de Henrique da Silva, de Capão da Canoa/RS. Apaixonado por música, sentimentalista por natureza, que através do seu som, transcende parte de si e das suas influências variadas, que passeia pelo shoegaze, o rock de garagem, o punk, o grunge, o indie, o instrumentalismo e o experimentalismo.
A The Feyers é um projeto totalmente independente, sendo concebido através dos anos em homestudio, com pouquíssimos recursos mas com vontade e verdade de sobra. E é aqui que a natureza do projeto brilha.
Com músicas sinceras, tanto em quesito de gravação, como em sonoridade (lo-fi por excelência), Henrique vai lá e faz. Não há a preocupação por agradar gregos ou troianos ou limitação de gêneros, o que engrandece o retorno (feedback) que torna-se também um tanto mais verdadeiro, pois quem gostar das suas criações será por identificação, tanto pela sonoridade, quanto por toda a filosofia por trás do projeto.
Com recursos de gravação mais acessíveis, utilizando-se a internet como ferramenta de divulgação e disponibilização de conteúdo, aliado a força de vontade, é o que anda fazendo muitos trabalhos autorais ganharem vida, como é o caso da sincera The Feyers, e de tantas outras ótimas bandas independentes, de sonoridades variadas, por esse nosso Brasil à fora PARA A NOSSA ALEGRIA.
Discografia
A The Feyers já conta com o EP “Soleil” (casa da música “There” do vídeo acima), com o álbum “Le Kalmyh” (caracterizado principalmente pelas boas músicas ambientes) e o novíssimo “Le Olifant“, lançado no final do mês passado (outubro/2015).
The Feyers – Le Olifant
O álbum “Le Olifant” é totalmente libertário de conceitos em prol de uma musicalidade própria, contando com a característica dança de guitarras sobre a parede (suja) sonora de fundo do projeto, e vocais simples. Destaque para a discrepância entre a faixa totalmente coisada “Noised” e a acústica “My mind“.
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