Rogério Martins lança o disco solo lo-fi “Astronauta”
Rogério Martins – Astronauta
E eis que a onda de homestudios e “faça-você-mesmo” nos presenteia com um novo lançamento independente de qualidade. A pauta de hoje é o lançamento do disco “Astronauta” de Rogério Martins, lançado no ultimo dia 7 de julho!
“Astronauta” é um álbum solo gravado totalmente em casa no melhor espírito DIY. As músicas estão bem em uma linha que a gente gosta pra caramba, uma sopa de música lofi com uma pegada meio rock, blues e MPB, e um passeio no experimentalismo, com o uso de instrumentos não convencionais em algumas faixas e utilização de diferentes sonoridades entre as canções.
Sobre o conceito que deu vida ao disco, Rogério Martins comenta:
Há momentos na vida de uma pessoa em que a vontade de fazer ultrapassa todos os limites do possível – foi assim quando Santos Dumont inventou o avião; e foi assim que surgiu o EP “Astronauta”. Não que o EP esteja à altura de S. Dumont, mas ambos compartilham de uma mesma vontade de voar e de uma mesmíssima vontade de criação. – Rogério Martins
E foi dessa vontade de chegar aos céus que o nome “Astronauta” veio a tona, “[…] alguém que ultrapassa o próprio céu em busca de outros firmamentos, mas que não se distancia totalmente de sua origem. […]” complementa o músico.
O disco foi lançado de maneira independente e está disponível no YouTube (escute abaixo) e no perfil do Soundcloud do artista.
Rogério Martins e a vontade de criação
Sobre a opção de produzir um álbum lo-fi, Rogério Martins comenta o que pode ser estendido à muitos outros artistas independentes atuais:
Eu vejo o lo-fi como uma espécie de contracultura em resposta às grandes gravadoras e que vem ganhando muito espaço na internet ultimamente. É como se o artista agora dissesse: “olha, agora eu sou dono do meu próprio trabalho, desde a concepção até o parto, e não preciso de ninguém metendo o bedelho na minha arte”. – Rogério Martins
E com todo o poder de criação em suas mãos, o artista não exitou em propositalmente adicionar a “estranheza” que permeia a sonoridade do álbum, com o intuito principal de “[…] mostrar uma sonoridade que escancara os tipos de mixagem padrão que encontramos por aí e nos permite imaginar as infinitas possibilidades que uma gravação pode alcançar […]“.
Questionado sobre as influências do seu trabalho, Rogério Martins destaca referências para artistas que também optaram (ou foram obrigados) a seguir uma linha mais lo-fi, como alguns trabalhos de John Frusciante em carreira solo, Devendra Banhart, Elliott Smith e Sebadoh.
Finalizando, Martins complementa: “[…]Gosto também do tom visceral das músicas do Luis Capucho, de Tom Zé, entre outros… além de toda a música brasileira que é uma influência da qual não se pode escapar. […]“.
Você! Inspire-se no trabalho de Rogério Martins, desengavete aquele seu projeto musical deixado de lado por falta de um orçamento mais pomposo e dê vida ao seu som. Queremos ouvi-los!
CHEERS!
Últimas postagens de Felipe Espindola de Borba (ver todos)
- Documentário: #10controle na Borússia – Piratas Siderais – 10 ANOS - 28/03/2025
- Cobertura – Som na Praça – 8ª Edição - 06/06/2024
- Mural Independente #01 - 18/03/2024
Deixe um comentário